No início de julho deste ano, as autoridades espanholas foram chamadas a um armazém pertencente à família González, em Burgos, após uma violenta altercação. Quando chegaram ao local, encontraram o patriarca, de 56 anos, ensanguentado e com ferimentos graves no pescoço provocados por uma arma branca. O homem acabou por não resistir e morreu pouco depois.
O principal suspeito do crime é o filho, Antolín González, de 23 anos, uma antiga jovem promessa da Fórmula 1, que fugiu do local mas viria a ser localizado e detido pelas autoridades. Desde então, encontra-se em prisão preventiva.
De acordo com o jornal El País, numa tentativa de reduzir a pena, Antolín González confessou o crime, alegando que agiu em legítima defesa. Segundo o seu testemunho, o pai o teria atacado com uma espécie de punhal de entre 10 e 15 centímetros de comprimento, e a sua reação teria sido apenas para se proteger.
A arma do crime nunca foi encontrada, e as autoridades não dispõem de gravações de videovigilância, testemunhas oculares ou dados de geolocalização que coloquem inequivocamente o jovem no local no momento do homicídio.
Entretanto, a família de Antolín González emitiu um comunicado em sua defesa, no qual alega que a vítima exercia maus-tratos continuados sobre o filho ao longo dos anos, tentando enquadrar o crime num contexto de violência doméstica.
Antolín González foi, em tempos, considerado uma das maiores promessas do automobilismo espanhol, tendo feito história ao tornar-se, aos 13 anos, o mais jovem de sempre a conduzir um carro de Fórmula 3 — um talento precoce cuja carreira prometia levá-lo ao topo do desporto motorizado.







