Análise e arbitragem: “Primeira parte boa até marcarmos o golo, com boa dinâmica e intensidade contra um bloco de 10 jogadores à entrada da área, mas com muito movimento e combinações nossas nas alas. Sabemos que não temos muita presença na área, mas procurámos entrar, fazemos um bom golo e depois entramos num período em que digo que é culpa nossa, porque era altura de continuarmos iguais e, não digo acabar o jogo, porque havia a possiibilidade de o árbitro reabrir o jogo, mas faltou-nos a ambição que os jogadores do Benfica devem ter. Melhorámos na segunda parte, fazemos 2-0, o Casa Pia não fez um único remate à baliza, o jogo está morto, e depois… Se vou comentar a atuação do árbitro e do VAR, tenho de entrar também numa análise do que aconteceu ontem e há uma semana e entro num campo em que não quero entrar.”
Sobre a arbitragem, António Silva criticou o penálti e falou em preocupação com estado do futebol português: “É estranho, é difícil de entender como é que o árbitro decide o penálti, mas é mais difícil de entender porque é que o VAR não interfere num lance óbvio, que é um dos grandes exemplos do que a UEFA, a FIFA e as ligas nacionais, no início de cada época, põem como exemplos claros. Quero ser ‘soft’ e equilibrado e dizer que o árbitro e o VAR estiveram mal, mas quando o árbitro está mal, o VAR ajuda, porque é que não ajudou? São perguntas às quais não consigo responder, o que aconteceu ontem e na semana passada também não consigo responder, o que consigo responder é que, durante alguns períodos do jogo, os jogadores do Benfica têm de ter mais ambição, mais caráter, e não acabar o jogo, porque o 2-0 não foi suficiente, mas é difícil de explicar sem entrar em caminhos pelos quais não posso entrar, sob pena de depois ser penalizado.”
Mensagem que deixou ao grupo no final do jogo? “A mensagem é que a lhe dei, com mais alguns detalhes que não lhe posso dar, mas há uma indignação grande e algo que já vem de trás, mesmo antes de eu chegar… Os jogadores carregam este negativismo, que não conseguem explicar, mas que sentem, mas também tenho de ser treinador e dizer, como lhes disse ao intervalo, que estas equipas vêm à procura de um milagre, que arrastam o jogo até ao final para acontecer alguma coisa e que temos de ser efetivos.
O Enzo [Barrenechea] teve de sair ao intervalo, penso que por doença, a vomitar, e meto o Prestianni, a ganhar 1-0, mesmo para passar essa mensagem de que temos de acabar o jogo, mas o VAR e o árbitro decidiram reabri-lo. Mas também temos de ter a capacidade de não sofrer o segundo golo como sofremos, que é culpa nossa.”










