Família portista mostrou-se dividida na hora do adeus a Jorge Costa, que morreu prematuramente, aos 53 anos, após paragem cardiorrespiratória. Quezílias falaram mais alto por causa de um episódio que Fernando Madureira não esquece.
Jorge Costa foi um símbolo do FC Porto, lendário capitão, tanque da defesa e é uma figura que jamais será esquecida por todos aqueles que vivem com devoção o universo portista. No entanto, nos últimos anos acabaria por gerar polémica ao virar costas àquele que foi o seu presidente de sempre, Pinto da Costa, para apoiar a lista concorrente de André Villas-Boas que, com a vitória, o empregaria na estrutura do clube com um cargo de direção.
Uma atitude que levou ao corte de relações com Pinto da Costa e também a duras palavras proferidas pelo então líder dos Super Dragões Fernando Madureira. “Um traidor será sempre um traidor”, afirmaria sobre o antigo central, depois de ter vindo a público o apoio a André Villas-Boas e também uma entrevista em que Jorge Costa admitia ter comido caracóis com o pai de Rui Costa na Damaia, de onde o benfiquista é natural.
O caso mereceria resposta de Costa, sendo que a crispação era evidente. “As pessoas são livres de opinarem. Se eu gosto ou não, isso é outra coisa. Sou livre também de opinar e de estar aqui. O que quero é que continuem a apoiar o FC Porto, como sempre fiz e sempre farei. Não há uma única pessoa acima do FC Porto”, reagiu.
Certo é que, apesar das divergências, Jorge Costa marcaria presença no último adeus a Pinto da Costa, não escondendo a tristeza pela partida daquele que foi o seu presidente no FC Porto. No entanto, o mesmo não aconteceu nas suas cerimónias fúnebres. Não só a família do antigo líder portista esteve ausente como Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira, que se encontra a cumprir pena de prisão, não marcou presença, mostrando que nem a notícia mais triste faz esquecer aquilo que se passou.