Portugal acordou em choque esta terça-feira, 21 de outubro, com a notícia da morte de Francisco Pinto Balsemão, fundador da SIC e do semanário Expresso. O empresário e antigo primeiro-ministro português morreu aos 88 anos, em Lisboa, de causas naturais. De acordo com um comunicado emitido pela SIC, Balsemão terá passado os seus últimos momentos em paz, junto da família que sempre o acompanhou nas diferentes fases da sua notável trajetória.
Nascido a 1 de setembro de 1937, Francisco Pinto Balsemão foi uma das figuras mais influentes da democracia portuguesa e um dos grandes impulsionadores da liberdade de imprensa no país. Fundou o Expresso em 1973, numa época em que o jornalismo português enfrentava fortes restrições, e, já nos anos 90, foi responsável pela criação da SIC, o primeiro canal de televisão privada em Portugal, inaugurando uma nova era mediática.
Para além da sua contribuição inestimável para os media, Pinto Balsemão teve também um papel de destaque na política nacional. Foi um dos fundadores do PPD (atual PSD) e desempenhou o cargo de primeiro-ministro entre 1981 e 1983, sucedendo a Francisco Sá Carneiro. A sua carreira política ficou marcada pela defesa da liberdade, da transparência e da consolidação da democracia portuguesa.
A SIC e o Expresso, dois dos pilares do grupo Impresa, são hoje o reflexo do seu espírito inovador e da sua dedicação à comunicação social. Ao longo da sua vida, Pinto Balsemão recebeu inúmeras distinções nacionais e internacionais, entre elas a Grã-Cruz da Ordem de Camões, em 2025. A sua partida representa o fim de uma era, mas o legado que deixa continuará a inspirar gerações de jornalistas e empreendedores.










