O apresentador Cláudio Ramos tornou agora público que viveu momentos de humilhação na antiga estação para a qual trabalhou 18 anos, a SIC, motivados por ataques à sua orientação sexual.
Segundo relatou em entrevista ao podcast ‘Dona da Casa’, da Antena 3, os insultos provinham sobretudo dos humoristas do programa ‘Levanta-te e Ri’, que por diversas vezes fizeram comentários depreciativos dirigidos a ele.
Abatido pela constante exposição a esse tipo de humilhações, Cláudio Ramos enviou um ultimato à direção de Programas — liderada na altura por Manuel Fonseca — exigindo o fim dos ataques. A sua mensagem foi direta: “Ou isto acaba, ou deixo de trabalhar na SIC.”
Hoje, o apresentador sublinha que críticas ao seu trabalho ou estilo até poderiam ser legítimas, mas na maioria das vezes os comentários visavam apenas a sua aparência física ou orientação sexual.
Este testemunho reacende o debate sobre os limites do humor e o respeito pela dignidade das pessoas, lembrando que “ser figura pública” não deveria abrir caminho a ataques pessoais, especialmente quando motivados por preconceito.
O apresentador, quer agora apresenta o programa da manhã da TVI, ao lado de Cristina Ferreira, reconhece que “hoje e à distância dos anos”, se estaria completamente “a borrifar”, embora na altura ficasse triste. “A única coisa que me dá graça é que a maioria deles não tem coragem de me olhar de frente, porque sabem quer fizeram m***a. E dá-me graça quando vejo muito deles e delas também a escreverem textos no Instagram a dizer ‘vamos defender as gordas, os magros, os louros, os de óculos, os coxos. Mas na altura não o faziam e sabem porquê? Porque lhes era conveniente”, insurge-se.
Por fim, Cláudio Ramos fez ainda questão de frisar que chegou a falar sobre o tema com Marco Horácio e com Fernando Rocha, pelos quais sente “muito estima” mas que reconheceram que, por vezes, pode ter existido um exagero.










