A guerra entre o empresário Paulo Rodrigues e o presidente do Benfica, Rui Costa, escalou para o campo judicial. O agente FIFA apresentou esta quarta-feira uma queixa-crime contra o dirigente na Polícia Judiciária (PJ) e na Procuradoria-Geral da República (PGR), além de uma providência cautelar no Tribunal Cível.
O litígio inicial remonta à transferência de Hani Mukhtar em 2014, um negócio pelo qual Paulo Rodrigues reclama três milhões de euros, em valores que ainda aguardam a decisão final do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
A tensão atingiu o pico devido à organização da Eusébio Cup. Paulo Rodrigues, que se identifica como sócio do Benfica, acusa o clube de ter entregue o evento (cuja ideia original é sua) a uma empresa ligada ao presidente e levanta suspeitas sobre as comissões pagas ao longo das 13 edições.
«O telefonema de Rui Costa foi vergonhoso. Insultou-me, chamou-me tudo e mais alguma coisa, disse que eu queria roubar o Benfica. Mas, se depois de anos sem me atender me ligou e passou 45 minutos a ofender-me, é porque está mesmo preocupado», revelou o empresário ao Record.
A providência cautelar apresentada visa precisamente esclarecer a alegada apropriação da ideia do torneio e averiguar o destino das comissões, que, segundo o agente, ascendem a centenas de milhares de euros por edição.










