Antes de ser estrela no Liverpool, o internacional português já demonstrava um coração gigante!
A trágica morte de Diogo Jota num acidente de viação em Espanha deixou o mundo do futebol em choque, mas também revelou o lado mais humano do avançado português. Muito para além dos golos e das conquistas nos relvados, Diogo será sempre recordado pela generosidade que o definiu desde jovem. No seu casamento com Rute Cardoso, a 22 de junho, o jogador surpreendeu os convidados ao pedir que trocassem as tradicionais prendas por donativos para os Bombeiros de Gondomar e instituições de proteção animal. Um gesto que espelha a sua essência solidária.
A ligação de Diogo Jota às suas origens nunca se perdeu, mesmo após a ascensão meteórica na Premier League. Teresa Barbosa, antiga cozinheira do lar do Paços de Ferreira onde o jogador viveu, recorda com emoção o carinho do “menino dela”. “Convidou-me para o casamento e sentou-me junto da família. Num dos momentos, deu-me um beijo na cabeça. Foi de cortar o coração”, contou. O gesto carinhoso simboliza a relação de afeto e gratidão que o jogador sempre manteve com quem o ajudou nos tempos mais difíceis.
Durante os anos em que esteve no lar, Diogo Jota já demonstrava traços de liderança e empatia. Manuel Sousa, antigo olheiro do Paços de Ferreira, recorda que mesmo após assinar contrato profissional, o jogador recusou mudar-se para um apartamento, preferindo continuar no lar para estar perto dos colegas mais novos. “Controlava horários, ajudava nas refeições e incentivava os estudos. Foi sempre um exemplo”, frisou.
Essa responsabilidade social manteve-se ao longo dos anos, com o jogador a enviar chuteiras, fatos de treino e até alimentos para os mais carenciados.
O compromisso com o bem-estar dos outros estendia-se também aos animais. Um convidado anónimo do seu casamento confirmou que Jota era um grande defensor da causa animal, tendo preferido apoiar associações de proteção em vez de receber qualquer presente. A sua generosidade não se ficava pelas doações. Em eventos do Paços de Ferreira, era comum ver o jogador a autografar durante horas, recusando-se a deixar qualquer fã sem atenção.
A memória de Diogo Jota não será apenas a de um dos melhores avançados portugueses da sua geração, mas de um homem que nunca esqueceu as suas raízes, que deu voz aos mais frágeis e que viveu com um sentido de solidariedade raro nos dias de hoje. Os seus gestos continuam a inspirar, provando que, por vezes, os verdadeiros heróis não usam capas — usam chuteiras, coração e humanidade.