Desde que se soube da morte trágica de Diogo Jota e André Silva, esta quinta-feira, que têm sido milhares as mensagens de pesar sempre com duas pessoas em mente: os pais dos dois irmãos, Joaquim e Isabel Silva, que perderam os seus dois filhos ao mesmo tempo, numa tragédia familiar de proporções inimagináveis. CLIQUE AQUI PARA VER VIDEO
Diogo, de 28 anos, e André, de 25, herdaram do pai e do avô a paixão pelo futebol. Joaquim chegou a jogar no Sousense, assim como o tio e o avô dos dois irmãos.
Joaquim trabalhava numa empresa de gruas em Gondomar, enquanto a mãe, Isabel, fazia parte de uma fábrica de componentes eletrónicos de automóveis. Apesar das dificuldades, ambos tinham uma preocupação em comum: o foco nos dois filhos.
“Passei muitas horas ao frio, à chuva e ao vento a vê-lo nos treinos e nos jogos. E com um salário fabril não era fácil comprar tantas chuteiras“, recordava o pai numa entrevista antiga à ‘Sábado’.
“[O Diogo] viu de perto as dificuldades que os pais tinham. Nunca escondemos aos nossos filhos as limitações que tínhamos“, contou ainda Joaquim numa entrevista ao ‘MaisFutebol’, em 2020.
“O Diogo nunca nos pediu nada, é por isso que sabe dar valor às coisas, valor à vida”, relatava ainda o operário, que sempre tentou passar aos filhos a importância de “manter os pés no chão”.