Vitória agridoce do Chelsea na Mundial de Clubes: Maresca satisfeito com a qualificação, mas crítico com condições
O técnico do Chelsea, Enzo Maresca, expressou contentamento com a vitória por 4-1 sobre o Benfica e a subsequente qualificação para os quartos de final da Mundial de Clubes. No entanto, a partida revelou-se mais desafiadora do que o esperado, marcada por uma paragem de duas horas e um penálti controverso concedido à equipa portuguesa no final do tempo regulamentar, que forçou o prolongamento.
“Estou muito orgulhoso. Penso que a nossa exibição foi excelente”, declarou Maresca. “O jogo foi interrompido e, depois disso, tudo mudou. Não é fácil estar parado durante mais de uma hora. Estávamos empatados a 1-1 e depois continuámos a jogar. A vitória é merecida. Estamos entre as oito melhores equipas do torneio e estamos muito felizes. Este foi um dos nossos melhores jogos.”
Apesar da satisfação com o resultado, as declarações de Maresca revelaram um tom crítico. Questionado sobre o penálti convertido por Di María aos 90+5 minutos, Maresca foi categórico: “A regra é que aquilo não é falta. O lance surge de um livre que não devia ter sido marcado. Jogar com a mão, sim. Mas não houve falta para livre. Às vezes, é melhor não dizer o que se pensa do árbitro, porque, no geral, merecíamos vencer o jogo. É melhor falar da equipa do que do árbitro. Agora temos de recuperar os jogadores, recuperar energias e seguir em frente.”
O treinador não escondeu o seu descontentamento com a interrupção de duas horas devido ao alerta de trovoadas e ao agravamento das condições meteorológicas em Charlotte.
“Para mim, isto não é futebol. Já foram interrompidos seis ou sete jogos aqui. Acho que é absurdo, é uma piada”, criticou Maresca. “É completamente inacreditável, algo novo que me é difícil de entender. Percebo que, por razões de segurança, o jogo tenha de ser interrompido. Mas se interrompem sete ou oito jogos, isso significa que este provavelmente não é o local certo para realizar uma competição destas… Não me entendam mal. É uma competição fantástica. É o Mundial de Clubes, com os melhores clubes do mundo. Mas seis, sete jogos interrompidos? Não é normal. Num Mundial, quantos jogos são interrompidos? Provavelmente nenhum. No Campeonato da Europa? Nenhum. Há aqui algum problema.”
“É um problema para mim, enquanto treinador”, acrescentou o italiano, focando no impacto para os jogadores. “Como manter os jogadores focados duas horas lá dentro? No tempo em que estão à espera, falam com a família, comem, brincam, riem, como manter a concentração? Estamos felizes por estar aqui, mas algo não está bem.”