Nuno Saraiva considera que os adeptos do Sporting que atiraram tochas para o relvado no final do encontro diante Club Brugge são “delinquentes” e não têm lugar no futebol do século XXI. Recentemente, o conhecido adepto dos leões tinha comentado a escolha de João Pereira para técnico dos verdes e brancos.
“Aquilo que se passou em Bruges e, já agora, em Famalicão é intolerável no plano cívico e social. Como é óbvio, não estou a referir-me à crise desportiva de que, apesar da vitória com o Boavista, não é líquido que o Sporting tenha deixado para trás, que essa está mais do que identificada e, quem de direito, tratará de arranjar soluções para a ultrapassar”, começa por referir Nuno Saraiva.
“Coisa diferente são os atos de vandalismo e delinquência que aconteceram após o jogo na Bélgica. Aquilo a que toda a Europa assistiu é abjeto e criminoso e exige medidas sérias e veementes para que os delinquentes sejam banidos do futebol e dos recintos desportivos”, argumenta Nuno Saraiva.
“Atirar tochas e outros artefactos pirotécnicos aos jogadores, uma que seja, é miserável e devia ser causa de expulsão da condição de Sócio de quem o faz, e de procedimento criminal movido pelas autoridades competentes”, defende Nuno Saraiva.
“Um clube em que, todos os anos desde 1996, evocamos a memória de Rui Mendes, barbaramente assassinado no Jamor com um very-light, não pode ser condescendente com gente desta que, no limite, não é muito diferente desses biltres assassinos. Aliás, as reações de Gyokeres, de Conrad Harder e do capitão Morten Hjulmand deviam constituir um alerta para todos nós”, alerta Nuno Saraiva.
“O Sporting não pode, em circunstância alguma, voltar a registar episódios como o que Rui Patrício viveu em Alvalade, ou o de engenhos pirotécnicos arremessados das bancadas ou deflagrados durante os jogos, isto para não falar de situações muito mais graves que ninguém quer voltar sequer a recordar. No futebol, como no desporto em geral, não pode haver espaço para delinquentes”, finaliza Nuno Saraiva.